"O mais forte não o será sempre para continuar sendo amo e senhor, se não transforma sua força em direito e a obediência em dever" - Rousseau, J-J. - O contrato social
As origens
Por seculos, ao menos dois, houve a era em que imperava a visão mecânica de mundo, formatada lá pelos séculos XVI e XVII com o advento da ciência moderna, onde a matemática governava o mundo, a mecânica Newtoniana e a teologia cristã legitimava o mecanicismo e validava suas implicações - monocausalidade, linearidade, proporcionalidade, reducionismo, determinismo. A revolução industrial estabelecia esta visão como o a dominante. O mundo é uma máquina sem sentimentos e a razão mecânica exclui as emoções humanas, valores e princípios éticos tem espaço limitado e a cidadania de direito existe, mas com poucos cidadãos de fato.
A tecnociência (ciência + tecnologia) é fator de transformação de certos insumos em informação e tecnologia para aumentar a eficiência de certos processos produtivos. Á partir da eficiência produtiva da máquina como referencia para o processo de inovação, a especialização é descontextualizada de outras especializações e desvinculada dos valores humanos.
Em fins dos anos 1970, o regime de acumulação de capital da era do industrialismo incia seu declínio. Tem vez a revolução econômica baseada na tecnologia da informação para formar outro regime de acumulação de capital, o regime corporativo - transnacional - informacional. Com a queda do comunismo, o sistema capitalista substitui a ideologia de estado pela ideologia de mercado.
O mundo é um mercado sem sociedades, valendo mais as transações comerciais que as relações sociais. Continua a haver uma cidadania de direito com poucos cidadãos de fato.
A tecnociência é um provedor de produtos, processos e serviços intensivos em conhecimento para aumentar a competitividade dos que inovam com base em ciência.Numa base que seleciona o mercado como referência para a inovação, a especialização tem o mesmo mercado como contexto único dirigida para o lucro - ciência sem consciência.
Em meados da década de 1960, tem inicio movimentos sociais emancipatórios que alimentam uma revolução cultural que questionou a civilização ocidental e sua sociedade industrial de consumo. Tal revolução defende que estamos inexoravelmente interconectados no planeta terra, o que não significa harmonia, pois nossos conflitos de interesse geram contradições.
Este mundo é um sistema complexo com múltiplas dimensões interconectadas (espacial-temporal-ecológica-social-econômica-politica-institucional-ética), habitado por uma miríade de entidades vivas inter-relacionadas, incluindo a espécie humana organizada em sociedades. Neste modelo, a cidadania de direito gera cidadãos de fato.
A tecnociência é apenas um sistema facilitador da mudança, um produto da inovação e da intervenção. Sem a inovação intervencionista não há desenvolvimento, apenas evolução. A partir do encontro entre sociedade, natureza, cultura e desenvolvimento, a tecnociência se desenvolve sob controle social ampliado de forma contextualizada em termos de aplicação e implicações.
As origens
Por seculos, ao menos dois, houve a era em que imperava a visão mecânica de mundo, formatada lá pelos séculos XVI e XVII com o advento da ciência moderna, onde a matemática governava o mundo, a mecânica Newtoniana e a teologia cristã legitimava o mecanicismo e validava suas implicações - monocausalidade, linearidade, proporcionalidade, reducionismo, determinismo. A revolução industrial estabelecia esta visão como o a dominante. O mundo é uma máquina sem sentimentos e a razão mecânica exclui as emoções humanas, valores e princípios éticos tem espaço limitado e a cidadania de direito existe, mas com poucos cidadãos de fato.
A tecnociência (ciência + tecnologia) é fator de transformação de certos insumos em informação e tecnologia para aumentar a eficiência de certos processos produtivos. Á partir da eficiência produtiva da máquina como referencia para o processo de inovação, a especialização é descontextualizada de outras especializações e desvinculada dos valores humanos.
Em fins dos anos 1970, o regime de acumulação de capital da era do industrialismo incia seu declínio. Tem vez a revolução econômica baseada na tecnologia da informação para formar outro regime de acumulação de capital, o regime corporativo - transnacional - informacional. Com a queda do comunismo, o sistema capitalista substitui a ideologia de estado pela ideologia de mercado.
O mundo é um mercado sem sociedades, valendo mais as transações comerciais que as relações sociais. Continua a haver uma cidadania de direito com poucos cidadãos de fato.
A tecnociência é um provedor de produtos, processos e serviços intensivos em conhecimento para aumentar a competitividade dos que inovam com base em ciência.Numa base que seleciona o mercado como referência para a inovação, a especialização tem o mesmo mercado como contexto único dirigida para o lucro - ciência sem consciência.
Em meados da década de 1960, tem inicio movimentos sociais emancipatórios que alimentam uma revolução cultural que questionou a civilização ocidental e sua sociedade industrial de consumo. Tal revolução defende que estamos inexoravelmente interconectados no planeta terra, o que não significa harmonia, pois nossos conflitos de interesse geram contradições.
Este mundo é um sistema complexo com múltiplas dimensões interconectadas (espacial-temporal-ecológica-social-econômica-politica-institucional-ética), habitado por uma miríade de entidades vivas inter-relacionadas, incluindo a espécie humana organizada em sociedades. Neste modelo, a cidadania de direito gera cidadãos de fato.
A tecnociência é apenas um sistema facilitador da mudança, um produto da inovação e da intervenção. Sem a inovação intervencionista não há desenvolvimento, apenas evolução. A partir do encontro entre sociedade, natureza, cultura e desenvolvimento, a tecnociência se desenvolve sob controle social ampliado de forma contextualizada em termos de aplicação e implicações.
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