
Nascido em Ansbach - Alemanha em 22/10/1659 e morto em Berlin em 14/05/1734. No inicio do século XVIII elaborou a teoria do "Flogisto" que dizia que corpos combustíveis liberam no ar, ao entrarem em combustão, um material chamado Flogisto. Tal teoria teve como base os experimentos de Johann Joachim Becher sobre combustão.
Estudou medicina na Universidade de Jena, tendo se doutorado em 1694. Lecionou Medicina a partir de 1693. Em 1694 foi lecionar Medicina na recém criada Universidade de Hale an der Saale. Tornou-se médico pessoal do Duque da Saxônia e em 1716, de Frederico I da Prússia.
Stahl trabalhou conjuntamente com Friedrich Hoffmann por cerca de 20 anos. Stahl não acreditava que a vida pudesse ser explicado somente por fatos mecânicos e os seres vivos teriam "algo a mais", que chamou de anima, a alma.
Stahl publicou vários artigos sobre Medicina e Alquimia, com destaque para o Animismo e o Flogisto. A esta época, acreditava-se que os materiais eram compostos por 5 "elementos" (terra, água, fogo, ar e éter), ou seja, as idéias do filósofo Grego Aristóteles (ca 300 a.C.) ainda prevaleciam.
Em 1667, J. J. Becher publica seu livro "Physica subterranea" onde defendia a ideia da nova forma de elementos: as terras mercuralis, as terras pinguis e as terras lapidas. Para ele, os materiais combustíveis era composta por terra pinguis, que era liberada quando esses materiais queimavam.
Stahl fez apenas substituir o nome "terra pinguis" por "Flogisto" (do grego phlogistós = passado pelo fogo). Stahl teria percebida que tanto a queima de materiais orgânicos (papel, madeira, carvão) como a calcinação de metais seguem o mesmo processo. Stahl teria considerado que ao entrar em combustão, os materiais sofriam corrosão e perdiam alguma coisa, que ele chamou de Flogisto. Ele relacionou a quantidade de Flogisto com o potencial combustível do material de forma diretamente proporcional e destacou que a calcinação dos metais era um processo mais lento e pode ser revertido a partir da "cal" do metal. Essa "cal" teria a capacidade de reabsorver o Flogisto liberado pela queima dos materiais orgânicos como o carvão.
A teoria de Stahl foi acolhida pela comunidade científica por contemplar de forma científica, pela primeira vez, as questões da Química, como a perda de massa dos materiais combustíveis submetidos á combustão (devido a perda de Flogisto), a impossibilidade de um material queimar na ausência de ar (era o ar que reabsorvia o Flogisto), o término de uma combustão e a morte de pequenos animais confinados em pequenos recipientes fechados (pela saturação do ar com Flogisto).
Para Stahl, o Flogisto teria uma natureza imaterial (seria uma espécie de "alma" do material) e o fato da maioria dos cais ganharem massa em relação ao metal de origem na calcinação não o incomodava, mas era algo que carecia de explicação, que foi resolvido pelo cientista frances Antoine Laurent Lavoisier.
Lavoisier provou que o Flogisto não existia, e que na verdade não havia perda de massa nas combustões e calcinações, libertando a recém criada ciência Química dos grilhões da Alquimia e das crendices medievais.
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