
O lápis é velho. Fabricado há séculos. A Faber Castell, maior produtora mundial de “lápis com marca”, faz isso desde 1761, em Stein, pertinho de Nuremberg.
A tarefa da FC é ingrata: melhorar um produto que os usuários consideram perfeito há mais de 100 anos. Van Gogh usou lápis para desenhar “a mulher costurando”, e adorou.Na era do computador, era de se esperar que lápis se tornassem obsoletos, mas as vendas continuam a crescer.Vendem-se uns 20 bilhões de lápis por ano. 50% feitos na ChinaA Faber Castell tem 10% do mercado global. Em países pobres são populares, e em países ricos os estojos escolares vão engordando até que param a partir de certo ponto. Nos países Europeus, as vendas parecem estagnadas. A FC ,porém, continua crescendo muito acima da média dos lápis “sem marca”,tanto nos países ricos como nos emergentes.Nos ricos, ela consegue melhorar o produto. A empresa é obcecada por isso desde 1839, quando Lothar Von Faber, bisneto do fundador, inventou o lápis hexagonal. Cortando a borda do cilindro de madeira ele fez um lápis que não rolava sobre a mesa. Melhorar o produto é torna-lo mais conveniente nos detalhes do uso, não na funcionalidade básica. A segunda grande inovação da FC foi roubada: era a borracha na extremidade do lápis. Mas em 1875 a corte suprema americana deu à FC o direito de também usá-la, pois considerou a ideia óbvia demais para ser patenteada pelo ladrão Desde então,a pesquisa se direcionou para produzir grafites mais firmes e achar os tipos de madeira que melhor a protegessem quando o lápis caía. Hoje três idéias dominam a pesquisa da FC. As tintas para colorir a madeira. Todo mundo mastiga lápis, então é melhor que a tinta seja atóxica.A segunda,é o lápis triangular, popular entre crianças.E a terceira,é a adição de minúsculas esferas de borracha no corpo do lápis,que evitam que eles escorreguem de mãos suadas.
A tarefa da FC é ingrata: melhorar um produto que os usuários consideram perfeito há mais de 100 anos. Van Gogh usou lápis para desenhar “a mulher costurando”, e adorou.Na era do computador, era de se esperar que lápis se tornassem obsoletos, mas as vendas continuam a crescer.Vendem-se uns 20 bilhões de lápis por ano. 50% feitos na ChinaA Faber Castell tem 10% do mercado global. Em países pobres são populares, e em países ricos os estojos escolares vão engordando até que param a partir de certo ponto. Nos países Europeus, as vendas parecem estagnadas. A FC ,porém, continua crescendo muito acima da média dos lápis “sem marca”,tanto nos países ricos como nos emergentes.Nos ricos, ela consegue melhorar o produto. A empresa é obcecada por isso desde 1839, quando Lothar Von Faber, bisneto do fundador, inventou o lápis hexagonal. Cortando a borda do cilindro de madeira ele fez um lápis que não rolava sobre a mesa. Melhorar o produto é torna-lo mais conveniente nos detalhes do uso, não na funcionalidade básica. A segunda grande inovação da FC foi roubada: era a borracha na extremidade do lápis. Mas em 1875 a corte suprema americana deu à FC o direito de também usá-la, pois considerou a ideia óbvia demais para ser patenteada pelo ladrão Desde então,a pesquisa se direcionou para produzir grafites mais firmes e achar os tipos de madeira que melhor a protegessem quando o lápis caía. Hoje três idéias dominam a pesquisa da FC. As tintas para colorir a madeira. Todo mundo mastiga lápis, então é melhor que a tinta seja atóxica.A segunda,é o lápis triangular, popular entre crianças.E a terceira,é a adição de minúsculas esferas de borracha no corpo do lápis,que evitam que eles escorreguem de mãos suadas.
A inovação de um produto que realiza seu trabalho perfeitamente é sempre assim. Nada vai fazer um lápis FC escrever melhor. Então,vamos melhorar a empunhadura, a resistência.Vamos minimizar a chance de nos intoxicarmos depois de mastigarmos o lápis durante o exame final.
Parece bobo. É bobo,mas inovação sistemática funciona assim. Varrendo os espaços de possibilidades em tornos de produtos que já realizam os trabalhos que as pessoas querem realizar. Buscando “possíveis adjacentes”.O CEO da FC diz que garante inovações assim pelo menos para os próximos 15 anos. Depois, diz ele,outras gerações da família vão ter que se preocupar com isso….
Parece bobo. É bobo,mas inovação sistemática funciona assim. Varrendo os espaços de possibilidades em tornos de produtos que já realizam os trabalhos que as pessoas querem realizar. Buscando “possíveis adjacentes”.O CEO da FC diz que garante inovações assim pelo menos para os próximos 15 anos. Depois, diz ele,outras gerações da família vão ter que se preocupar com isso….
Fonte: Revista Época - colunista Clemente Nobrega - The Economist de 16 de setembro de 2010.
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